terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ESTÁDIO MUNICIPAL GLÍCERIO DE SOUZA MARQUES

O estádio de futebol é o lugar onde são recebidos os espetáculos, onde as estrelas mostram suas habilidades e onde também são conquistadas as grandes vitórias, consumadas as derrotas, as ascensões, os rebaixamentos etc. O Glícerio Marques foi inaugurado no dia 15 de janeiro de 1950 o engenheiro construtor foi o senhor Hermógenes de Lima Filho.
INAUGURAÇÃO DO GLÍCERIO MARQUES. FOTO historiaeliel


A inauguração aconteceu com um jogo entre as seleções do Amapá e Pará. O governador do Amapá na época era Janary Gentil Nunes, responsável pela sua construção, hasteou a bandeira nacional e deu o ponta pé inicial da partida, às 17h30min. O estádio foi repassado em seguida para a prefeitura de Macapá administrar. O árbitro foi o paranaense Alberto da Gama Malcher.

“Grandes clubes como Vasco, Flamengo, Botafogo e Atlético Mineiro também pisaram o gramado do Glicerão para a alegria dos torcedores amapaenses. Ali atuaram ídolos nacionais como Garrincha, Zico e Romário. Belos tempos.” (FOLHA DO ESTADO, 14 A 20 DE JANEIRO DE 2012 – ESPORTE – CAMISA 10).

Chamado inicialmente de Estádio Municipal de Macapá, sofreu alteração no nome para homenagear o primeiro presidente da Federação de Desportos do Amapá, Glícerio de Souza Marques. Sua capacidade inicial era de 5.630 torcedores.
“O primeiro gol marcado no Glícerio Marques foi de autoria de Norman Cacetão (da seleção paraense e jogador do Paysandu). Norman fez o gol aos 30 minutos do segundo tempo, e o Pará venceu a partida por 1 x 0. O Amapá começou jogando com: Lavareda, Setenta e Cinco e Suzete; Cabral, Roxinha e Raimundinho; Luiz de Melôm, Dedeco, Alves, Adâozinho e Boró. O Pará usou: Dodô, Bereco e Sidoca, Biroba, Nonato e Sabá; Norman, Teixeirinha, Hélio Costa, China e Juvenil. Os jogadores do Remo não estavam na seleção, pois o Clube estava em excursão pelo exterior. A renda foi de Cr$ 31.780,00.” (JORNAL A GAZETA, 15 E 16 DE JANEIRO DE 2012 – ESPORTE).

Atualmente o que temos no Glicerão é um total abandono. Uma reforma iniciada em 2009 pelo prefeito Roberto Góes que também é presidente da Federação Amapaense de Futebol, nunca é concluída, apesar de esforços da bancada federal, como o deputado Milhomem, que locou verbas em uma de suas emendas, porém, só abandono e promessas. A capacidade de torcedores foi reduzida de 5.630 para 1800 com promessas de 8.000 na primeira etapa da reforma.
ARQUIBANCADA COM TELHADO CAINDO. FOTO historiaeliel.

E assim entra ano e sai ano promessas e mais promessas e o velho Glícerio Marques continua num eterno abandono, sendo cada vez mais difícil de vê-lo de novo como nos velhos tempos de amadorismo. Cheio com grandes partidas empolgando os torcedores. No Amapá após a chegada do profissionalismo no futebol, esse esporte vem se “deteriorando” cada vez mais.
SESSENTA E DOIS ANOS SEM MOTIVOS PARA COMEMORAR. Foto historiaeliel

SUGESTÕES DE TRABALHO: 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL.
CONCEITOS: MEMÓRIA, FUTEBOL E TRADIÇÃO.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

BELLOS, Alex. Futebol: o Brasil em campo. Tradução: Jorge Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
BOSSI, Ecléia. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 3ª ed. 1994.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas/SP, Editora da UNICAMP. 4ª ed. 1996.